Nos últimos dias, uma nova tecnologia apresentada no salão tecnológico
Ceatec, em Tóquio, chamou a atenção da imprensa internacional: os óculos
tradutores. A operadora japonesa
NTT Docomo apresentou várias
aplicações baseadas em óculos com uma câmera. Uma delas permite transformar uma
imagem filmada por uma tradução. Por exemplo, substitui a imagem de um cardápio
de restaurante escrito em japonês por uma em inglês, ou em qualquer outra
língua que tenha sido escolhida.
A operadora afirma que os óculos serão extremamente úteis para turistas
que tenham dificuldade em entender a língua do país que visitam. E ainda
brinca, afirmando que para os que visitam o Japão, por exemplo, seria
providencial.
Os óculos também permitem identificar pessoas desde que elas já estejam
registradas na base de dados do smartphone. Estas funcionalidades deverão estar
prontas nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.
No entanto, de acordo com os especialistas da revista InfoExame, alguns
obstáculos técnicos ainda precisam ser superados, como o tamanho dos óculos,
sua autonomia (precisam de uma bateria), a rapidez de reconhecimento das
imagens ou rostos e a redução do tempo de resposta.
“Antigamente, os turistas se viravam com o bom e velho dicionário, mas
agora, se a tecnologia permite este UP,
temos de utilizá-la a nosso favor”, pontua Amanda Pimentel, gerente comercial
da Porto Traduções.
Entretanto, a executiva também esclarece que tal tecnologia é sempre
agradável aos turistas, que podem se ver em situações difíceis ao visitar
regiões que não dominam o idioma, mas que não descarta alguns cuidados que
todos devem ter. “Sempre é de bom tom estudar, mesmo que de forma breve, a
cultural local, expressões mais utilizadas e falsos cognatos, para evitar
situações constrangedoras que a tecnologia não pode prever”, finaliza Amanda.