Mesmo sem ter a
pretensão de ensinar de forma plena a língua chinesa aos não nativos, Shaolan
Hsueh tem chamado atenção, literalmente, de todo o mundo. Nascida na China, mas
atual moradora de Londres, a empresária sentiu a dificuldade do aprendizado
deste idioma quando foi ensiná-lo aos filhos britânicos. E com esse desafio em
mãos criou o método chineasy (Chine+Easy)
que tem por objetivo associar os caracteres chineses a imagens divertidas,
“derrubando a grande muralha da língua chinesa”, pontua Hsueh.
Por
dois anos, a empresária modelou quase dois mil caracteres chineses e
identificou os mais utilizados tornando-os parecidos com peças do brinquedo LEGO, pois ao unir
os componentes criam-se frases e expressões. Shaolan ainda explica que apesar
dos milhares de caracteres, nem todos são necessários para a compreensão da
linguagem. E que com os 200 mais utilizados, uma pessoa é capaz de compreender
cerca de 40% da literatura chinesa básica.
Além
disso, o Chineasy também conseguiu ajudar crianças com dislexia e Shaolan tem
recebido diversas mensagens de pais agradecendo a colaboração. Segundo a empresária ainda há muito a se
fazer, pois tal iniciativa não se aplica apenas a alfabetização infantil, mas
foi pensado como uma forma de aproximar ocidente e oriente na troca de
experiência em idiomas e culturas.
Para
William Porto, diretor de Traduções e Qualidade da Porto Traduções, iniciativas
como a de Shoalan fazem o mundo se comunicar melhor, mesmo que de uma forma
inicial, potencializando relações
políticas, econômicas e culturais. “A maioria de nós, ocidentais, tem
certo receio dos diversos idiomas dos orientais, mas quando conseguimos, de
forma lúdica e criativa, perceber que é somente uma adaptação do nosso entendimento,
tudo fica mais leve e criamos o interesse em conhecer ainda mais”, afirma o diretor.