segunda-feira, 31 de março de 2014

SEM TRADUÇÃO !!!

O portal, Universia, voltado a estudantes universitários publicou um interessante infográfico com 11 palavras de diversos idiomas que não possuem tradução para o português.

Confira e perceba que temos muitas palavras como a nossa ‘saudades’ no idioma de diversos países do mundo:

1 – Waldeinsamkeit

Ficar perdido sozinho numa floresta não deve ser a melhor sensação do mundo. Foi pensando nisso que os alemães criaram a palavra “waldeinsamkeit”, cujo significado é algo como “o medo de ficar perdido sozinho numa floresta”.

2 – Cualacino

Sabe aquela marca d’água que fica na mesa quando você apoia um copo gelado nela? Em italiano eles a chamam de “cualacino”.

3 – Iktsuarpok

Pense na seguinte situação: você chamou alguém para ir a sua casa em determinado horário, mas de tão ansioso que está não consegue parar de olhar para a porta, esperando que a qualquer momento seu convidado chegue. Para os inuítes, povo indígena de esquimós da região do Alasca, esse sentimento se chama “Iktsuarpok”.

4 – Komorebi

Os japoneses dão o nome de “komorebi” ao fenômeno que ocorre quando a luz do sol transpassa as folhas das árvores.

5 – Pochemuchka

Você gosta de perguntar muitas coisas? Hein? Gosta? Gosta mesmo? Pessoas “perguntonas” como nós são chamadas de “pochemuchka” na Rússia.

6 – Sobremesa

Você deve estar pensando “Ah, mas essa tem em português! Todo mundo sabe o que é uma sobremesa!”. Errado: em espanhol, uma sobremesa é a conversa que você tem com quem almoçou ou jantou quando termina a refeição.
 


7 – Jayus

Já ouviu uma piada ruim, mas tão ruim, que te fez sentir a famosa “vergonha alheia”? Na Indonésia essa piada terrível é chamada de “jayus”.

8 – Pana Po’o

Você não consegue lembrar o que precisava. Então, começa a coçar a cabeça como se isso fosse melhorar a sua memória. No Havaí, esse ato é um “pana po’o”.

9 – Dépaysement

Na França, esse é o nome dado à sensação que um indivíduo tem quando está longe do seu país de origem.

10 – Goya

Sabe quando você escuta uma história tão boa que mal consegue acreditar nela? Em urdo, essa descrença tem o nome de “goya”.

11 – Mangaia

Na Suécia, o reflexo redondo que a lua forma sobre a água é chamado de “mangaia”.

segunda-feira, 24 de março de 2014

TRADUÇÃO JURAMENTADA NO CASO PIZZOLATO

A movimentação para a extradição do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato condenado pelo processo do “Mensalão” e atualmente preso na Itália, país que foi capturado, não balançou apenas o cenário político e jurídico, mas também o de traduções.

Isso porque os documentos do processo contra Pizzolato tiveram de passar por uma Tradução Juramentada e o possível valor pago pela Procuradoria Geral da República fez com que a mídia e sociedade discutissem tal gasto.  Um levantamento realizado pelo jornal Folha de S.Paulo foi publicado em uma matéria com o título “Extraditar Pizzolato pode custar R$ 570 mil só em tradução”. O jornal divulgou que pediu um orçamento para uma empresa de traduções juramentadas que presta serviços para grandes empresas e órgãos públicos que orçou, conforme a prática no mercado, de acordo com o tamanho do documento, 8.405 páginas, e o curto prazo.

Entretanto, após alguns desabafos feitos pela população, muitos profissionais da área tomaram a frente explicando que para uma tradução juramentada é necessário diversos detalhes, inclusive e principalmente um tradutor apto e habilitado para assinar, e que o grande problema não era o valor e sim as pessoas estarem indignadas de ter de “pagar” para que a justiça seja feita.

“Não se pode confundir os pontos levantados. Que a população está revoltada do gasto adicional para a possível extradição, é totalmente aceitável. Mas, colocar a culpa na tradução em si, como alguns citaram, é simplesmente tirar o foco do real problema como em muitos casos é feito no Brasil”, pontua enfático William Porto, diretor de Traduções e Qualidade da Porto Traduções.

quarta-feira, 12 de março de 2014

'BOM PROFISSIONAL DEVE TER BAGAGEM CULTURAL'

Nesta semana publicaremos a entrevista realizada pelo jornal O Estado de S.Paulo a respeito da formação de tradutores. Confiram:
 

"Formamos tradutores para textos escritos seja para jornal, empresas ou editoras", diz o coordenador de Letras da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Reynaldo Pagura, a respeito do curso de bacharelado em Tradução Inglês - Português.
 

Segundo ele, o curso tem a função de preparar o profissional para atuar tanto como freelancer quanto em empresas, com traduções técnicas. "Para começar o curso, é bom que o aluno tenha conhecimento do inglês", diz o coordenador. Mas ele poderá aprofundar seu conhecimento frequentando mais disciplinas de inglês.
 

O curso requer estágio obrigatório e, segundo o coordenador, a maioria dos alunos estará empregada antes do término do programa. Ele conta que a tendência é o aluno se especializar em uma área: jurídica, médica ou econômica. "E para ser um bom profissional, também deverá ter bagagem cultural e interesse em aprender", diz.
 

Aluna do 5º semestre, a polonesa Karolina Wachowicz Orlandi, de 27 anos, decidiu fazer o curso com o objetivo de aprimorar a língua inglesa e portuguesa. Ela é estagiária, desde janeiro de 2013, em uma consultoria de finanças.
 

"Estou aprendendo muito. Precisa de atenção, além de trabalhar sob pressão", diz. No dia a dia, ela é mais solicitada a fazer versões para o inglês, mas sempre gosta de fazer traduções para o português, quando elas surgem, "para treinar o idioma".
 

Pensando no futuro, Karolina conta que quer ser efetivada e ter a possibilidade de tentar outras áreas como comunicação e marketing. "Acho que traduzir é um desafio, tenho de buscar a informação e ainda defender as minhas escolhas linguísticas (o por quê do uso de uma palavra)", diz.
 

Pós-graduação. A Universidade de São Paulo tem, desde agosto de 2012, um programa de pós-graduação stricto sensu em Tradução, ligado ao departamento de Letras Modernas. Segundo o coordenador, John Milton, é um curso altamente acadêmico, treinando pesquisadores em estudos da tradução. "Não formamos tradutores. Formamos pesquisadores, que, em muitos casos, vão ocupar postos como professores em outras universidades."
 
 
O curso tem duração de até 36 meses para o mestrado e, para o doutorado, até 48 meses. Segundo Milton, o aluno que procura o curso deve ter perfil acadêmico. "Precisa estar preparado para passar muito tempo pesquisando, ter paciência, habilidade de tratar com muito material e ter um ótimo sentido crítico."
 

A aluna de doutorado do curso de Tradução da USP, Zsuzsanna Spiyry, de 64 anos, depois de mais de 20 anos trabalhando no mercado financeiro, se aposentou e encontrou na tradução uma nova paixão. "Eu sou húngara, comecei dando aulas de inglês e depois fui procurar estudar. Fiz especialização, mestrado e já estou no doutorado. Fiquei encantada com as possibilidades da língua."
 

Orientanda do coordenador John Milton, Zsuzanna estuda a teoria da tradução e ainda dá aulas de inglês. "Eu já traduzi mais ou menos seis livros. Hoje, não pego mais trabalho, porque não tenho tempo, mas sei que o grande mercado para os tradutores é o editorial", diz.
Por: Edilaine Felix

quarta-feira, 5 de março de 2014

COMUNICAÇÃO SURDO-MUDO ALÉM DAS APARÊNCIAS

Há muito se discute a real integração da comunicação de surdos-mudos com o restante da população, mas na prática pouco se faz a favor dessa situação. Em dezembro do ano passado tivemos a repercussão mundial da cena desrespeitosa do tradutor, até então considerado farsante, durante o velório de um dos grandes nomes da África do Sul, Nelson Mandela. Diversas mensagens de indignação foram postadas em redes sociais, veículos de comunicação do mundo todo comentando, mas sem uma análise profunda do que gera esse tipo de constrangimento tanto para a comunidade surdo-muda quanto para os profissionais da área.

No Brasil, durante os protestos que movimentaram os quatro cantos do país a nossa atual presidente, Dilma Rousseff, realizou um discurso de quase 10 minutos sem oferecer a oportunidade de entendimento àqueles que não podem ouvir. Por isso, devemos nos atentar a essa necessidade e perceber quais as oportunidades de inclusão, em diversos setores, cenários e circunstâncias que estão sendo deixadas para trás.

De acordo com Amanda Pimentel, gerente comercial da Porto Traduções, ainda existe muitos degraus a subirmos no mercado de interpretação de Libras, mesmo com imenso potencial. “Estamos em um tempo cuja sociedade tem se movimentado cada vez mais a favor de pessoas ou grupos com, até então, menos poder de decisão e que teremos mais e mais debates e reais modificações”, pontua Amanda.

A executiva ainda aponta que esse potencial não é por acaso. De acordo com o IBGE, o país possui cerca de 10 milhões de surdos. O que nos faz pensar que a integração dessa comunicação, de forma real e prática, não gera somente um país mais inclusivo, mas também um fortalecimento econômico.

“O ser humano tem a tendência de separar as atitudes que geram resultados inclusivos e positivos das que geram lucros. Por que separar? Podemos ter lucro de forma sustentável e oferecer para a sociedade aquilo que ela precisa e merece”, finaliza a gerente.