quarta-feira, 27 de novembro de 2013

CURSOS DE IDIOMAS ONLINE GANHAM MERCADO NO BRASIL

O mercado de ensino de idiomas a distância se mostrou muito promissor neste ano, destacando diversas empresas que investiram nesse nicho. E, não por acaso, de acordo o último Censo EAD realizado em 2012 pela Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), foram mais de 33 mil pessoas matriculadas nesta modalidade. Tal número apresenta o potencial ainda a ser explorado, pois somente nos cursos de extensão universitária a distância foram mais de dois milhões de inscritos no ano passado.

“O EAD brasileiro continua crescendo e, por sua vez, confirma a adoção plena, por parte de nossos cidadãos, dessa modalidade de aprendizagem que nada tem de fácil”, pontua Frederic Litto, presidente da ABED.


O case de destaque em crescimento foi o da Open English, empresa fundada pelo Venezuelano Andrés Moreno, que caiu no gosto e na confiança dos brasileiros, tanto que foi a vencedora do “Prêmio ÉPOCA ReclameAQUI – As melhores empresas para o consumidor 2013” na categoria Educação-EAD com 6496 votos, 18% a mais que a segunda colocada, a EnglishTown. Atualmente, a Open English possui mais de 100 mil alunos em 40 países. Em 2011 este número não passava de 20 mil. Já a Englishtown, empresa sueca, investiu mais de US$ 70 milhões e hoje possui seis escritórios no Brasil, um dos 50 países em que atua.


Além das empresas privadas, projetos como o da Secretaria da Educação de São Paulo, por meio da Escola Virtual de Programas Educacionais (EVESP), com cursos online de inglês, espanhol e libras para alunos do Ensino Médio também estimulam tal forma de aprendizado.



“Apesar de muitas melhorias no decorrer dos anos, o ensino de idiomas ainda encontra muita resistência entre os brasileiros, seja por questões financeiras, de afinidade ou até mesmo cultural. Por isso, a adequação para um ensino a distância é um passo necessário e os números provam isso”, esclarece Amanda Pimentel, gerente comercial da Porto Traduções. 

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

QUANTIDADE DE PROFISSIONAIS INTÉRPRETES DE CONFERÊNCIA PARA COPA E OLIMPÍADAS AINDA É INCÓGNITA

A imprensa vem divulgando constantemente a preocupação de diversas áreas com o número de intérpretes para os dois grandes eventos esportivos em 2014 e 2016. No mês passado, a Associação Internacional de Intérpretes de Conferência (AIIC), aproveitando a oportunidade de comemoração de seus 60º aniversário, pontuou alguns dos desafios que estão por vir. De acordo com algumas publicações, somente o Comitê Organizador Rio 2016 irá contratar 500 intérpretes. A AIIC possui três mil associados no mundo, mas apenas 66 em Brasília, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.

Em entrevista ao jornal O Globo, Richard Laver, representante do conselho da AIIC no Brasil, afirma que, com relação à quantidade e qualidade dos intérpretes, a cidade do Rio de Janeiro está pronta. Mas ressalta que, para eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, faltam profissionais para trabalhos que ele chama de “comunitários”, em aeroportos, fronteiras, delegacias de turistas e hospitais. “Haverá voluntários, que ajudarão nas ruas, mas se um estrangeiro tiver um problema de saúde e precisar ir a um hospital, um intérprete será o mais adequado, porque não pode haver mal-entendido”, pontua.

O jornal ainda publicou a percepção da presidente da AIIC, a inglesa Linda Fitchett, que observou os últimos eventos internacionais realizados no Brasil e afirmou que o país desempenhou bem seu papel. Mas ressalta que, a partir da Copa do Mundo, as responsabilidades serão maiores: Por isso os estudantes têm que receber o máximo de apoio. 

Hoje, segundo a AIIC, além de cursos de formação de intérpretes, há duas pós-graduações em universidades particulares cariocas. Mas a profissão ainda não é regulamentada. E, diz Richard, o governo federal a inclui na Lei de Serviços Gerais, ou seja, nas contratações é observado apenas o melhor preço, o que não é uma garantia de qualidade do serviço — conta, ressaltando uma má interpretação pode gerar gafes, mal-estar e até prejuízos em negociações.

“Há quantos anos já sabemos da realização desses dois eventos no Brasil? Agora às vésperas se preocupam com tais problemas! Os profissionais da área devem se reunir para programar de que forma podemos ajudar mais pontualmente e não adianta mais lamentar o que não foi feito”, esclarece William Porto, diretor de Traduções e Qualidade da Porto Traduções. 

Diversas comunidades em redes sociais já discutem as decisões a serem tomadas, entretanto, até pela proximidade dos eventos, nenhuma com soluções conclusivas.

(Parte das informações por Rafael Galdo - O Globo)

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

O MERCADO DE TRADUÇÕES DEVE SE PREOCUPAR COM O DUOLINGO?

O Duolingo é um sistema online que ensina idiomas gratuitamente e em troca seus alunos devem realizar traduções web. Tal novidade vem chamando a atenção dos profissionais do mercado de traduções.

A agência de notícias Infomoney divulgou que o sistema já tem mais de 10 milhões de usuários em todo o mundo e mais de 1,35 milhão de brasileiros, o que torna o país com o segundo maior número de usuários cadastrados, atrás apenas dos Estados Unidos. O site, que começou em 2011, tem um modelo de negócio diferente dos demais cursos de língua na internet.

A ideia é utilizar o poder do “crowdsourcing” dos próprios alunos por meio de traduções de frases enquanto estão aprendendo uma língua gratuitamente. Ou seja, ao invés de traduzir frases avulsas, eles traduzem conteúdos de clientes do próprio site, que desta forma torna rentável o negócio de Luis Von Ahn, fundador do site que também ajudou a criar o Captcha – as letras distorcidas que ajudam a provar que a mensagem do internauta não é um SPAM.

Empresas como BuzzFeed e CNN já são citadas como atuais clientes do Duolingo, que pagam valores mais baixos pelas traduções, por serem realizadas pelos alunos.

Novidades como esta movimentam o mercado de traduções. “A chegada do Google Tradutor também gerou polêmica na época, mas nada vai substituir a profissionalização da área. Existem contextos e detalhes que somente a experiência em tradução oferece”, esclarece pontual a gerente Comercial da Porto Traduções, Amanda Pimentel.

A executiva também dá algumas dicas aos tradutores para não fica para trás no mercado:

  • Mantenha-se atualizado – não somente do nosso mercado, mas como das notícias do Brasil e do Mundo;
  • Faça uma rotina de estudos, pois as mudanças acontecem a todo momento, e sempre se destacará o tradutor antenado nas transformações dos idiomas;
  • Empenhe-se em conhecer o mercado do cliente para evitar traduzir de forma leiga termos técnicos de áreas específicas;
  • Mostre ao cliente que você pode traduzir o texto com um vocabulário voltado para o público alvo.
  • O tradutor humano tem a capacidade de interpretar o texto e distinguir o significado de determinada palavra ou ideia, algo que o tradutor automático não consegue fazer. Ressalte esse diferencial.
  • O tradutor profissional traduz com qualidade, pois tem formação para tal.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

TRADUTORES GANHAM US$ 1 MILHÃO EM PRÊMIO PROMOVIDO PELA ARÁBIA SAUDITA

A Agência de Notícias Brasil-Árabe divulgou o 6º Prêmio Internacional do Guardião das Duas Mesquitas Sagradas, promovido pela Arábia Saudita, para incentivar as traduções do árabe para o português. A premiação distribuiu US$ 1 milhão para os vencedores em cinco categorias.

O brasileiro João Baptista de Medeiros Vargens foi o ganhador na categoria de Tradução para Esforços Individuais, juntamente com o professor espanhol Luis Miguel Pereza Cañada. Vargens é professor de Língua Árabe da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Ufrj) e fundou uma editora, a Almádena, voltada para traduções do árabe e temas que envolvem o mundo árabe. Ele é autor dos livros Português para falantes de árabe, Léxico Português de Origem Árabe e Islamismo e negritude, tradutor e organizador de Contos Marroquinos Modernos e de As codornas e o outono, e recebeu, no ano passado, o prêmio Unesco-Sharjah para a Cultura Árabe. Em seu discurso na cerimônia em São Paulo, Vargens lembrou o tempo em que trabalhou na Síria e ressaltou a importância do prêmio para que intelectuais e pesquisadores realizem seus trabalhos e estudos.

Além de Vargens, também foram agraciados Salwa Saliman Naqli e Rasha Saad Zaki, na categoria Tradução das Ciências Humanas de Outros Idiomas para o Árabe, Reem Mohammad Al Towairqi, Abdulanser Salah Ibrahim e Ali Abdullah Al-Salama, na categoria Tradução no Campo das Ciências Naturais de Outros Idiomas para o Árabe, Cecília Martini na categoria Tradução no Campo das Ciências Humanas do Árabe para outras Línguas, e o Arab Center for Arabization, Translation, Authorship and Publication, na categoria Tradução no Campo das Instituições.

O príncipe saudita Abdulaziz Bin Abdullah e vice-ministro de Relações Exteriores, afirmou, durante seu discurso, que o fato de a entrega do prêmio ocorrer no Brasil é a confirmação da integração árabe-brasileira e ressaltou o papel das traduções como ponte entre os diferentes povos. A premiação é justamente um reconhecimento para intelectuais que promovem o conhecimento e a disseminação do idioma árabe mundo afora. “Espero que esse prêmio incentive outros indivíduos”, disse Abdullah.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, participou da solenidade, que ocorreu no dia 21 de outubro, e falou sobre a ligação do Brasil com o mundo árabe. Ele citou a informação de que há 600 vocábulos em português que têm como origem o idioma árabe e que esse volume era ainda maior no passado. “O árabe é visto como a língua da cultura, do esplendor, da ciência”, disse o governador. Ele lembrou do interesse do imperador brasileiro Dom Pedro II pelo idioma e citou que ele traduziu parte das Mil e Uma Noites e deixou como herança para o Brasil sua biblioteca com 151 obras em árabe ou sobre os árabes.


Segundo William Porto, diretor de Traduções e Qualidade da Porto Traduções, premiações como esta demonstram a necessidade dos tradutores estudarem cada vez mais. “Não adianta ficar somente no inglês e espanhol, hoje devemos diversificar os idiomas oferecendo a mesma qualidade aos clientes”, finaliza o diretor.

Informações: ANBA