segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

BRASIL TEM PIOR PROEFICIÊNCIA DA LÍNGUA INGLESA ENTRE OS PAÍSES DO BRIC

De acordo com a terceira edição do Índice de Proficiência em Inglês da EF (Education First) de 2013, o brasileiro ainda possui um baixo nível de proficiência neste idioma apesar de ter melhorado nos últimos tempos. O Relatório destaca a situação brasileira com sua defasagem educacional de um modo geral quando comparado com o crescimento econômico.
 
Entre os países do BRIC, o Brasil é o que possui o pior índice de proficiência, como demonstra o gráfico abaixo:



Para tratar deste sério problema, o governo brasileiro lançou diversas iniciativas agressivas para treinar melhor sua força de trabalho. Por meio do Programa Ciência sem Fronteiras, até 2014, o Ministério de Educação, o Ministério de Ciência e Tecnologia e o setor privado terão financiado completamente 100 mil alunos do Programa para estudar um ano em uma universidade estrangeira de ponta. Porém, como muitos alunos tiveram notas baixas nos requisitos de inglês para participar do Programa, o governo criou outro paralelo, chamado de Inglês sem Fronteiras, para ajudar mais estudantes a participarem do Ciência sem Fronteiras. O Inglês sem Fronteiras tem como objetivo dar acesso a cursos online de inglês para cinco milhões de estudantes universitários e financiar 500.000 provas TOEFL. Os alunos com as melhores pontuações no TOEFL receberão cursos presenciais de inglês.
 
Ainda de acordo o relatório, com base em dados de 2012, o Brasil abriga 6.215 filiais de mais de 70 escolas de idiomas. Aulas particulares com professores de inglês nativos custam entre 30 e 50 dólares por aula, mais de 10% do salário mínimo. Por isso, parece que apenas cidadãos de classe média ou alta podem custear essas aulas. Na última década, o Brasil triplicou o seu PIB. O governo brasileiro estima que 55% do país é classe média hoje em dia, comparado com apenas 34% em 2005. A expansão da classe média brasileira permitiu o aumento de investimento em aulas particulares de inglês.
 
Além disso, a EF afirma que a maior parte da melhoria na proficiência de adultos em inglês no Brasil se deve a escolas privadas de idiomas e que apesar de já ser um setor bastante saudável, há muito espaço para crescimento no mercado de ensino de idiomas.
 
De acordo com Willam Porto, diretor de Traduções e Qualidade da Porto Traduções, o índice aponta à necessidade de se dar ainda mais importância a fluência da língua inglesa, principalmente por sediarmos dois grandes eventos mundiais nos próximos anos. “Já conseguimos sentir uma melhora, mas temos muito trabalho a fazer”, avalia o executivo.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

COMO SURGEM AS TRADUÇÕES DE LEGENDAS DE VÍDEOS DA INTERNET?

No início do mês, o Olhar Digital, um dos maiores portais de tecnologia do país divulgou como surgem as traduções de legendas dos vídeos na internet. Confira abaixo a matéria na íntegra e conheça esse mercado paralelo:

Doze horas após sua transmissão nos Estados Unidos, o episódio final do seriado "Breaking Bad" foi baixado por mais de 500 mil pessoas em todo o mundo, e 24 horas foi o tempo que o capítulo derradeiro da terceira temporada de "Game of Thrones" precisou para ir mais longe: 1 milhão de downloads. Os brasileiros marcaram presença nas duas situações, mas em nenhuma delas se destacaram, talvez porque poucos entenderiam os diálogos.
Nos cinco países que baixaram mais depressa o fim de Breaking Bad as pessoas falam inglês, o que pode explicar por que a Austrália está na ponta enquanto o Brasil não aparece nem no top 10. Por aqui é necessário esperar até que os paladinos das legendas entrem em ação.

Cerca de 100 pessoas atuam no InSUBs, um dos principais coletivos de legendagem alternativa do Brasil. Eles se organizam de tal forma que, em menos de um dia, conseguem traduzir (cerca de 3 horas), revisar (6 horas) e publicar um episódio de 40 minutos.

"Três dias antes de o episódio ir ao ar na TV americana o revisor abre a chamada para tradução. Quem quiser e puder cumprir o prazo estipulado pelo revisor dá o nome", contou um dos membros ao Olhar Digital. "No dia após a exibição do episódio pegamos o closed caption (legenda em inglês) e fazemos a tradução das falas. Todas as partes traduzidas vão para o revisor e ele fica encarregado de fazer os ajustes necessários na legenda. Depois disso, a legenda é postada."

Nada disso é crime, conforme explicado pelo advogado especialista em propriedade intelectual Raphael Lemos Maia. Segundo ele, se a legenda for disponibilizada gratuitamente e não estiver acoplada a um vídeo pirata, ela é uma simples tradução textual.

Ninguém do InSUBs recebe pelo que faz; trata-se de um hobby, embora alguns legenders também atuem profissionalmente. E se a dupla jornada não é estranha, migrar de vez da cena alternativa para a formal é outra coisa aceitável, de acordo com Marcelo Leite, diretor de qualidade da Drei Marc - empresa especializada em legendas e traduções de filmes. Só que, de 50 candidatos, apenas um passa no processo de seleção. "Eles conhecem muito bem a série e o inglês, mas no português deixam muito a desejar."
Nenhum dos lados exige formação acadêmica de quem se interessa pelo ramo. Para entrar no InSUBs é preciso "ter um bom conhecimento de inglês e português e tempo livre", que é a simplificação do que a Drei Marc requere; lá a formação cultural, alguma especialização e até a idade são levados em conta. Não é qualquer um que entende todas as tiradas e os termos ditos em um seriado como "House", por exemplo.

A principal diferença entre os dois lados está na abordagem: enquanto o foco dos legenders é a rapidez, o do mercado é a qualidade. Mas há quem prefira a legenda alternativa, já que o texto geralmente é mais parecido com o falado pelo telespectador - afinal, nenhum legender vai traduzir policial para "tira". A Drei Marc tem consciência disso, mas enxerga a situação como algo natural. "Como o cara não tem formação, ele escreve como fala. Ele quer rapidez, busca o entendimento", comenta Marcelo, que não vê problemas na duplicidade: "Não tem preconceito nenhum."


quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

SESI E SENAI irão ensinar inglês a 2 mil alunos pelas redes sociais em 2014

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, assinou no início de novembro, em Denver, no Colorado, nos Estados Unidos, um acordo que amplia o Conexão Mundo, projeto criado em 2012, que no primeiro ano, atendeu 200 estudantes de Salvador. Neste ano, o programa foi estendido para 800 participantes de sete estados. Na primeira etapa do curso, nas aulas e atividades a distância, os alunos brasileiros interagem pela internet com monitores americanos. Cada monitor é responsável por uma turma de 10 a 12 alunos.

Com o novo convênio, o programa, resultado de uma parceria entre a CNI e o US-Brazil Connect, terá 2 mil vagas em um curso de inglês inovador para alunos de unidades do Serviço Social da Indústria (SESI), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e de escolas públicas brasileiras.

“No mundo de hoje, saber apenas a própria língua não é mais suficiente. Aprender outros idiomas, especialmente o inglês, se tornou fundamental para a transferência de tecnologias e experiências internacionais”, afirmou o presidente Robson Braga de Andrade.

Parceria bem sucedida - No conforto de casa, eles praticam o idioma e ainda se divertem, em  aulas pelo Facebook, hangouts (bate-papos com webcam pelo Google). Depois dos dois primeiros meses, na segunda etapa, os monitores americanos vêm ao Brasil para dar aulas presenciais por um mês. Essas aulas ocorrem de segunda a sexta-feira, em junho e julho, no período de férias dos brasileiros, e envolvem dinâmicas, jogos e simulação de situações comuns do mercado de trabalho. Em seguida, a terceira etapa segue com mais dois meses de aulas pela internet.

Os monitores americanos são estudantes de colégios profissionalizantes, congêneres do SENAI, nos Estados Unidos e são selecionados pela ONG US-Brazil Connect, parceira do SESI e do SENAI. Os alunos americanos são voluntários e estão numa faixa etária próxima dos alunos brasileiros. São jovens falando e trabalhando com jovens.

Finalmente, os 5% dos melhores alunos ganham 15 dias de imersão nos Estados Unidos. Os 47 alunos selecionados neste ano - três de  Macaé (RJ), cinco de Recife; 11 de Salvador; 10 de Belo Horizonte; oito de Porto Velho (ES); cinco de Maceió e cinco de Joinville (SC) - partiram para a temporada de imersão no primeiro fim de semana de novembro, dia 2, e voltaram no dia 16. Na viagem, eles ficam em casas de família, conhecem escolas, universidades, museus, entre outros, tudo para praticar o que aprenderam.

Brazil Day - Para o prefeito de Denver, Michael Hancock, o Conexão Mundo é o mais perfeito exemplo de ganha-ganha. Os brasileiros aprendem inglês e os estudantes americanos das Community Colleges têm oportunidades de participar de estágios ensinando sua língua pátria e desmistificar o Brasil.

“Os 47 alunos brasileiros em intercâmbio no Colorado agora são cidadãos globais e a vida deles será diferente. Os estudantes americanos, por sua vez, puderam conhecer melhor o Brasil”, afirmou Hancock para um seleto grupo de universitários, professores, empresários e parlamentares americanos, em comemoração ao Brazil Day, no Denver Museum Nature Science. A data foi estabelecida pelo governo do estado graças à troca de experiências positiva proporcionada pelo programa Conexão Mundo.

O US-Brazil Connect reúne quatro universidades públicas do Colorado, Flathead Valley College, Northwestern Michigan College, Jackson Community College e Red Rock Community College, que qualificam seus alunos americanos para ensinar inglês aos estudantes brasileiros e, assim participarem de um intercâmbio no Brasil.


Aprender brincando  - Se não fossem as redes sociais, a estudante Letícia Xavier, 17 anos, de Macaé (RJ), acredita que jamais estaria falando inglês com tanta fluência e desenvoltura. Há quatro anos, quando o pai ficou desempregado, Letícia precisou abandonar os estudos particulares de inglês e se limitou a ouvir músicas e tentar traduzi-las.

Em março deste ano, a aluna do 3º ano do SESI e de eletrônica do SENAI teve a oportunidade de estudar inglês pelo Conexão Mundo. Por cinco meses, ela conversou pelo Facebook e por hangout com a aluna de pedagogia da Universidade Pública de Jackson, no Mississippi, Kami Root, sua coach no programa, e outros americanos.  Suas primeiras palavras foram: "Eu não falo inglês". Do outro lado, ouviu: "E eu não falo português". Em julho, Kami desembarcou em Macaé, no Rio de Janeiro, para um mês de aula presencial com Letícia. Kami continuava sem falar português, mas Letícia já dominava o inglês básico.

O estudante Wesley Matheus de Andrade, de 15 anos, morador de Ibura, no Recife, praticamente não falava nada em inglês. “Aprendi muito mais do que em uma aula comum, numa sala de aula, e o inglês é fundamental para quem quer conseguir um bom emprego e construir uma carreira”, conta Wesley, que é estudante do 2º ano do ensino médio e faz o curso técnico de telecomunicações no SENAI.

Qualificação - Com o programa, o sistema indústria proporciona experiências únicas de qualificação para os brasileiros. Esse tipo de iniciativa, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), ajuda o Brasil a construir uma rede de profissionais bem preparados para o mercado de trabalho tornando o país mais forte e competitivo.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

CURSOS DE IDIOMAS ONLINE GANHAM MERCADO NO BRASIL

O mercado de ensino de idiomas a distância se mostrou muito promissor neste ano, destacando diversas empresas que investiram nesse nicho. E, não por acaso, de acordo o último Censo EAD realizado em 2012 pela Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), foram mais de 33 mil pessoas matriculadas nesta modalidade. Tal número apresenta o potencial ainda a ser explorado, pois somente nos cursos de extensão universitária a distância foram mais de dois milhões de inscritos no ano passado.

“O EAD brasileiro continua crescendo e, por sua vez, confirma a adoção plena, por parte de nossos cidadãos, dessa modalidade de aprendizagem que nada tem de fácil”, pontua Frederic Litto, presidente da ABED.


O case de destaque em crescimento foi o da Open English, empresa fundada pelo Venezuelano Andrés Moreno, que caiu no gosto e na confiança dos brasileiros, tanto que foi a vencedora do “Prêmio ÉPOCA ReclameAQUI – As melhores empresas para o consumidor 2013” na categoria Educação-EAD com 6496 votos, 18% a mais que a segunda colocada, a EnglishTown. Atualmente, a Open English possui mais de 100 mil alunos em 40 países. Em 2011 este número não passava de 20 mil. Já a Englishtown, empresa sueca, investiu mais de US$ 70 milhões e hoje possui seis escritórios no Brasil, um dos 50 países em que atua.


Além das empresas privadas, projetos como o da Secretaria da Educação de São Paulo, por meio da Escola Virtual de Programas Educacionais (EVESP), com cursos online de inglês, espanhol e libras para alunos do Ensino Médio também estimulam tal forma de aprendizado.



“Apesar de muitas melhorias no decorrer dos anos, o ensino de idiomas ainda encontra muita resistência entre os brasileiros, seja por questões financeiras, de afinidade ou até mesmo cultural. Por isso, a adequação para um ensino a distância é um passo necessário e os números provam isso”, esclarece Amanda Pimentel, gerente comercial da Porto Traduções. 

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

QUANTIDADE DE PROFISSIONAIS INTÉRPRETES DE CONFERÊNCIA PARA COPA E OLIMPÍADAS AINDA É INCÓGNITA

A imprensa vem divulgando constantemente a preocupação de diversas áreas com o número de intérpretes para os dois grandes eventos esportivos em 2014 e 2016. No mês passado, a Associação Internacional de Intérpretes de Conferência (AIIC), aproveitando a oportunidade de comemoração de seus 60º aniversário, pontuou alguns dos desafios que estão por vir. De acordo com algumas publicações, somente o Comitê Organizador Rio 2016 irá contratar 500 intérpretes. A AIIC possui três mil associados no mundo, mas apenas 66 em Brasília, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.

Em entrevista ao jornal O Globo, Richard Laver, representante do conselho da AIIC no Brasil, afirma que, com relação à quantidade e qualidade dos intérpretes, a cidade do Rio de Janeiro está pronta. Mas ressalta que, para eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, faltam profissionais para trabalhos que ele chama de “comunitários”, em aeroportos, fronteiras, delegacias de turistas e hospitais. “Haverá voluntários, que ajudarão nas ruas, mas se um estrangeiro tiver um problema de saúde e precisar ir a um hospital, um intérprete será o mais adequado, porque não pode haver mal-entendido”, pontua.

O jornal ainda publicou a percepção da presidente da AIIC, a inglesa Linda Fitchett, que observou os últimos eventos internacionais realizados no Brasil e afirmou que o país desempenhou bem seu papel. Mas ressalta que, a partir da Copa do Mundo, as responsabilidades serão maiores: Por isso os estudantes têm que receber o máximo de apoio. 

Hoje, segundo a AIIC, além de cursos de formação de intérpretes, há duas pós-graduações em universidades particulares cariocas. Mas a profissão ainda não é regulamentada. E, diz Richard, o governo federal a inclui na Lei de Serviços Gerais, ou seja, nas contratações é observado apenas o melhor preço, o que não é uma garantia de qualidade do serviço — conta, ressaltando uma má interpretação pode gerar gafes, mal-estar e até prejuízos em negociações.

“Há quantos anos já sabemos da realização desses dois eventos no Brasil? Agora às vésperas se preocupam com tais problemas! Os profissionais da área devem se reunir para programar de que forma podemos ajudar mais pontualmente e não adianta mais lamentar o que não foi feito”, esclarece William Porto, diretor de Traduções e Qualidade da Porto Traduções. 

Diversas comunidades em redes sociais já discutem as decisões a serem tomadas, entretanto, até pela proximidade dos eventos, nenhuma com soluções conclusivas.

(Parte das informações por Rafael Galdo - O Globo)

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

O MERCADO DE TRADUÇÕES DEVE SE PREOCUPAR COM O DUOLINGO?

O Duolingo é um sistema online que ensina idiomas gratuitamente e em troca seus alunos devem realizar traduções web. Tal novidade vem chamando a atenção dos profissionais do mercado de traduções.

A agência de notícias Infomoney divulgou que o sistema já tem mais de 10 milhões de usuários em todo o mundo e mais de 1,35 milhão de brasileiros, o que torna o país com o segundo maior número de usuários cadastrados, atrás apenas dos Estados Unidos. O site, que começou em 2011, tem um modelo de negócio diferente dos demais cursos de língua na internet.

A ideia é utilizar o poder do “crowdsourcing” dos próprios alunos por meio de traduções de frases enquanto estão aprendendo uma língua gratuitamente. Ou seja, ao invés de traduzir frases avulsas, eles traduzem conteúdos de clientes do próprio site, que desta forma torna rentável o negócio de Luis Von Ahn, fundador do site que também ajudou a criar o Captcha – as letras distorcidas que ajudam a provar que a mensagem do internauta não é um SPAM.

Empresas como BuzzFeed e CNN já são citadas como atuais clientes do Duolingo, que pagam valores mais baixos pelas traduções, por serem realizadas pelos alunos.

Novidades como esta movimentam o mercado de traduções. “A chegada do Google Tradutor também gerou polêmica na época, mas nada vai substituir a profissionalização da área. Existem contextos e detalhes que somente a experiência em tradução oferece”, esclarece pontual a gerente Comercial da Porto Traduções, Amanda Pimentel.

A executiva também dá algumas dicas aos tradutores para não fica para trás no mercado:

  • Mantenha-se atualizado – não somente do nosso mercado, mas como das notícias do Brasil e do Mundo;
  • Faça uma rotina de estudos, pois as mudanças acontecem a todo momento, e sempre se destacará o tradutor antenado nas transformações dos idiomas;
  • Empenhe-se em conhecer o mercado do cliente para evitar traduzir de forma leiga termos técnicos de áreas específicas;
  • Mostre ao cliente que você pode traduzir o texto com um vocabulário voltado para o público alvo.
  • O tradutor humano tem a capacidade de interpretar o texto e distinguir o significado de determinada palavra ou ideia, algo que o tradutor automático não consegue fazer. Ressalte esse diferencial.
  • O tradutor profissional traduz com qualidade, pois tem formação para tal.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

TRADUTORES GANHAM US$ 1 MILHÃO EM PRÊMIO PROMOVIDO PELA ARÁBIA SAUDITA

A Agência de Notícias Brasil-Árabe divulgou o 6º Prêmio Internacional do Guardião das Duas Mesquitas Sagradas, promovido pela Arábia Saudita, para incentivar as traduções do árabe para o português. A premiação distribuiu US$ 1 milhão para os vencedores em cinco categorias.

O brasileiro João Baptista de Medeiros Vargens foi o ganhador na categoria de Tradução para Esforços Individuais, juntamente com o professor espanhol Luis Miguel Pereza Cañada. Vargens é professor de Língua Árabe da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Ufrj) e fundou uma editora, a Almádena, voltada para traduções do árabe e temas que envolvem o mundo árabe. Ele é autor dos livros Português para falantes de árabe, Léxico Português de Origem Árabe e Islamismo e negritude, tradutor e organizador de Contos Marroquinos Modernos e de As codornas e o outono, e recebeu, no ano passado, o prêmio Unesco-Sharjah para a Cultura Árabe. Em seu discurso na cerimônia em São Paulo, Vargens lembrou o tempo em que trabalhou na Síria e ressaltou a importância do prêmio para que intelectuais e pesquisadores realizem seus trabalhos e estudos.

Além de Vargens, também foram agraciados Salwa Saliman Naqli e Rasha Saad Zaki, na categoria Tradução das Ciências Humanas de Outros Idiomas para o Árabe, Reem Mohammad Al Towairqi, Abdulanser Salah Ibrahim e Ali Abdullah Al-Salama, na categoria Tradução no Campo das Ciências Naturais de Outros Idiomas para o Árabe, Cecília Martini na categoria Tradução no Campo das Ciências Humanas do Árabe para outras Línguas, e o Arab Center for Arabization, Translation, Authorship and Publication, na categoria Tradução no Campo das Instituições.

O príncipe saudita Abdulaziz Bin Abdullah e vice-ministro de Relações Exteriores, afirmou, durante seu discurso, que o fato de a entrega do prêmio ocorrer no Brasil é a confirmação da integração árabe-brasileira e ressaltou o papel das traduções como ponte entre os diferentes povos. A premiação é justamente um reconhecimento para intelectuais que promovem o conhecimento e a disseminação do idioma árabe mundo afora. “Espero que esse prêmio incentive outros indivíduos”, disse Abdullah.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, participou da solenidade, que ocorreu no dia 21 de outubro, e falou sobre a ligação do Brasil com o mundo árabe. Ele citou a informação de que há 600 vocábulos em português que têm como origem o idioma árabe e que esse volume era ainda maior no passado. “O árabe é visto como a língua da cultura, do esplendor, da ciência”, disse o governador. Ele lembrou do interesse do imperador brasileiro Dom Pedro II pelo idioma e citou que ele traduziu parte das Mil e Uma Noites e deixou como herança para o Brasil sua biblioteca com 151 obras em árabe ou sobre os árabes.


Segundo William Porto, diretor de Traduções e Qualidade da Porto Traduções, premiações como esta demonstram a necessidade dos tradutores estudarem cada vez mais. “Não adianta ficar somente no inglês e espanhol, hoje devemos diversificar os idiomas oferecendo a mesma qualidade aos clientes”, finaliza o diretor.

Informações: ANBA

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

ÓCULOS TRADUTORES CHEGAM AO MERCADO EM 2020

Nos últimos dias, uma nova tecnologia apresentada no salão tecnológico Ceatec, em Tóquio, chamou a atenção da imprensa internacional: os óculos tradutores. A operadora japonesa NTT Docomo apresentou várias aplicações baseadas em óculos com uma câmera. Uma delas permite transformar uma imagem filmada por uma tradução. Por exemplo, substitui a imagem de um cardápio de restaurante escrito em japonês por uma em inglês, ou em qualquer outra língua que tenha sido escolhida.
A operadora afirma que os óculos serão extremamente úteis para turistas que tenham dificuldade em entender a língua do país que visitam. E ainda brinca, afirmando que para os que visitam o Japão, por exemplo, seria providencial.
Os óculos também permitem identificar pessoas desde que elas já estejam registradas na base de dados do smartphone. Estas funcionalidades deverão estar prontas nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.
No entanto, de acordo com os especialistas da revista InfoExame, alguns obstáculos técnicos ainda precisam ser superados, como o tamanho dos óculos, sua autonomia (precisam de uma bateria), a rapidez de reconhecimento das imagens ou rostos e a redução do tempo de resposta.
“Antigamente, os turistas se viravam com o bom e velho dicionário, mas agora, se a tecnologia permite este UP, temos de utilizá-la a nosso favor”, pontua Amanda Pimentel, gerente comercial da Porto Traduções.

Entretanto, a executiva também esclarece que tal tecnologia é sempre agradável aos turistas, que podem se ver em situações difíceis ao visitar regiões que não dominam o idioma, mas que não descarta alguns cuidados que todos devem ter. “Sempre é de bom tom estudar, mesmo que de forma breve, a cultural local, expressões mais utilizadas e falsos cognatos, para evitar situações constrangedoras que a tecnologia não pode prever”, finaliza Amanda.


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS MOVIMENTA MERCADO DE TRADUÇÕES

Quem imagina que programas como o Ciência Sem Fronteiras (CsF) movimenta apenas a economia do setor acadêmico, engana-se!! O mercado de traduções que o diga!! Até agosto deste ano foram concedidas mais de 37 mil bolsas de estudos no exterior, com quase 30 países destino. Entretanto, para conquistar tal oportunidade os participantes se esforçam desde as notas do ENEM, desempenho nas universidades e claro aperfeiçoar a comunicação no idioma do país que vai residir.

Mas saber se comunicar não foi o suficiente para muitos. Ícaro Fernandez Guselian, 20 anos, estudante de Sistemas de Informação, na FIAP, que irá pelo CsF para o Canadá, é fluente na língua inglesa, mas tem dificuldades na gramática. “Eu falo inglês fluentemente, já na parte da escrita tenho dificuldades, por isso procurei uma empresa de tradução”, esclarece o estudante.

Solicitações como a do Ícaro chegam em alto volume, e tal demanda foi percebida com muita satisfação pela Porto Traduções, que em menos de 60 dias recebeu quase 100 pedidos de traduções de participantes do programa do governo. “Muitos sabem falar e até escrever em inglês, ou outros idiomas, mas estavam preocupados com a qualidade do texto e os prazos, pois tinham diversas outras atividades a realizar”, avalia William Porto, diretor de Traduções e Qualidade da Porto Traduções.
                                                                                                   
“O trabalho de traduções é essencial para se ter sucesso nesse tipo de projeto, pois a primeira impressão que a faculdade tem de você são os documentos que você manda, imagine mandar algo com uma escrita ‘informal’ ou com algum erro de concordância ou de gramática, com certeza isso afetará sua candidatura”, avalia Ícaro.

O Ciência Sem Fronteiras prevê a utilização de até 101 mil bolsas em quatro anos para promover intercâmbio, de forma que alunos de graduação e pós-graduação façam estágio no exterior com  bolsas nos valores de R$ 10 mil a R$ 50 mil por ano.

“Ficamos muito felizes em poder contribuir com o futuro desses jovens e consequentemente do nosso país”, finaliza o diretor

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

TEREMOS UM INGLÊS BEM FALADO NA COPA DO MUNDO?

Pensando na proximidade da Copa do Mundo a Wise Up, escola de inglês oficial da FIFA, fechou uma parceria com o canal Futura e a Rede Globo para a produção de esquetes, de um minuto cada, que irão ao ar na faixa das 14h às 21h da emissora. Só na Rede Globo serão 20 semanas de veiculação nacional, com um total de 140 exibições no período. Já no canal Futura, ao todo, serão 360 inserções. 

De acordo com Sérgio Barreto, diretor de Pesquisa & Desenvolvimento, a série “Bem Falado” usa situações do dia a dia para dar dicas de inglês. A ideia é ajudar, principalmente, quem deverá esbarrar com a maior quantidade de gringos por aí por conta dos eventos esportivos que o Brasil receberá. Por isso, os cenários escolhidos foram estádios de futebol, restaurantes, hotéis, pontos turísticos, entre outros. “Nós aprovamos e revisamos os roteiros criados pelo departamento de conteúdo do Canal Futura e também auxiliamos os atores com os conteúdos em inglês, tudo para que a abordagem seja simples e realmente ajude o publico”, explicou Barreto. 

Para Amanda Pimentel, gerente comercial da Porto Traduções, a iniciativa pode auxiliar em pequenos diálogos, mas não deve ser a única fonte de aprendizado dos brasileiros. “O programa serve como um incentivo para iniciar ou aperfeiçoar o entendimento da língua inglesa. Mas já estamos ‘nas portas’ da Copa e pouquíssimo se fez em questões de traduções”, esclarece a gerente.

Entretanto, enquanto os governos não priorizam tal necessidade, vamos curtindo os programas “Bem Falado” que terão exibição inédita às segundas, quartas e sextas-feiras, com reexibições no mesmo dia, no canal Futura. Já na Rede Globo, a expectativa é de que 155 milhões de pessoas sejam impactadas.   

terça-feira, 8 de outubro de 2013

DIA NACIONAL DO SURDO É COMEMORADO COM APLICATIVO INCLUSIVO E AULA DE LIBRAS NA UNESP

Desde a inauguração da primeira escola para Surdos no país, em 26 de setembro de 1857 na cidade do Rio de Janeiro, a data é celebrada como o Dia Nacional do Surdo. Entretanto, neste ano a comemoração foi ainda mais completa por duas grandes novidades.

A primeira veio da UNESP, que a partir deste semestre, irá ministrar, a distância, aulas da Língua Brasileira de Sinais, conhecida como Libras, para cerca de 400 estudantes de diversas graduações como Pedagogia, História, Letras e Matemática, com a duração de um semestre. A nova disciplina objetiva o conhecimento da Libras, suas características básicas e prática; a identificação da diversidade linguística e cultura dos estudantes; a análise da importância de inclusão de pessoas surdas na rede regular de ensino e a construção de propostas práticas que busquem essa inserção.

Serão realizados encontros presenciais, atividades on-line disponibilizadas no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), videoconferências e uma prova final escrita. Estarão dispostos, no mesmo ambiente, conteúdos e recursos de apoio ao ensino e aprendizagem como leituras, videoaulas, exercícios, fóruns de discussões temáticos, chats para dúvidas e esclarecimentos etc. Além disso, foi promovida no início de setembro uma semana de ambientação para que os alunos pudessem conhecer o novo espaço virtual.

De acordo com a coordenadora Elisa Tomoe Moriya Schlünzen, pesquisadora na área da Educação Especial e Inclusiva, é muito importante que os futuros profissionais e professores se apropriem dos conhecimentos básicos da Libras, pois disseminar o uso dessa língua é uma forma de dar voz e espaço às pessoas surdas. Para ela, mais importante do que respeitar a legislação é possibilitar uma comunicação, mesmo que inicialmente mínima, entre o professor e o discente surdo. “Por isso, Universidade e corpo docente devem possibilitar aprimoramentos nessa formação para a inclusão das pessoas surdas no ambiente escolar e na sociedade”.

Ela comenta, ainda, que o oferecimento dessa disciplina por meio da Educação a Distância é uma oportunidade dos discentes vivenciarem a modalidade, aprenderem a organizar o tempo de estudo e conhecerem as Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC) utilizadas como ferramentas de apoio ao ensino e aprendizagem.

Primeiro aplicativo de Libras – Já a segunda boa novidade para a comunidade surda do Brasil chega da região Nordeste. A startup pernambucana ProDeaf, lançou o primeiro aplicativo para smartphones e tablets capaz de traduzir fala em português para Libras, disponível gratuitamente para surdos e ouvintes.




O projeto é fruto de um investimento de R$ 500 mil, feito pelo próprio ProDeaf - com financiamento do Sebrae e do CNPQ. Além disso, a distribuição do aplicativo é totalmente gratuita, ação viabilizada graças ao patrocínio do Grupo Bradesco Seguros. para baixar, acesse diretamente de seu smartphone ou tablet o link http://prodeaf.net/instalar ou procure por ProDeaf na loja de aplicativos de seu aparelho.

Para avaliar o atual momento de divulgação da Libras, o Blog Traduções em Pauta entrevistou com exclusividade Ester Barbosa Fidelis, especialista em Ensino e Interpretação de Libras com Aperfeiçoamento em Atendimento Educacional Especializado com surdos e intérprete de libras em cursos de nível técnico e na rede municipal de ensino.

Traduções em Pauta - Como você avalia a abrangência do ensino de Libras no Brasil?
Ester Fidelis - A divulgação da Libras de maneira geral tem crescido muito ao longo dos anos no Brasil, especialmente após a aprovação da Lei 10.436 que reconhece a Língua Brasileira de Sinais como meio legal de comunicação e expressão, além, é claro, do Decreto 5626 que regulamenta a Lei com todas as suas especificidades. O Ensino da Libras em si também cresceu muito, a partir do momento que se abriu um novo mercado de trabalho para intérpretes e professores de Libras, justamente visando atender à demanda de surdos pelo país quer na área da educação propriamente dita, principalmente com a inclusão, quer nos diferentes meios sociais como ferramenta essencial de acessibilidade.

TP - O que poderia ser feito para melhorar?
EF - Eu diria que ainda há muito a ser feito no sentido de aumentar a abrangência do ensino de Libras no Brasil, mas acredito que estamos a caminho de grandes melhorias. A comunidade surda tem lutado, principalmente no que diz respeito à inclusão versus Ensino Bilíngue. Ter a Libras como primeira Língua e o Português como segunda língua é o ideal, mas ainda há muitas disparidades de opiniões neste aspecto. A verdade, é que a inclusão vem sendo "implantada" de maneira amadora sem muitos recursos e preparo dos profissionais da educação. Muitos professores recebem alunos surdos em classes regulares sem saber nem por onde começar. Daí a necessidade de profissionais especialistas pra esse suporte. Entretanto, o surdo que é o mais interessado acaba não tendo voz nessas decisões de certa forma impostas pelo sistema de educação nacional, quando eles deveriam ser os primeiros a serem ouvidos. Eles devem ter o direito assegurado de escolherem livremente a educação que querem ter e nesse sentido temos muito a melhorar, porque talvez estejamos regredindo em certo ponto.

TP – Cite alguns avanços que já tivemos nos últimos anos?
EF - Muitos avanços foram obtidos ao longo dos anos. As leis são apenas um começo de tantas outras conquistas da comunidade surda brasileira. Socialmente, as pessoas parecem mais abertas e interessadas em conhecer e interagir com os surdos e na área acadêmica muitos nomes brasileiros têm se destacado com pesquisas essenciais na área da educação, interpretação e Linguística envolvendo os surdos e sua língua. Temos o Dicionário Trilíngue de Libras dentre outros Estudos Surdos organizados por linguistas da USP como Fernando Capovilla e Ivani Viotti, publicações em conjunto com a Feneis (Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos) como a Coleção Libras em Estudo, organizada pela professora Neiva de Aquino que reúne artigos de profissionais ligados aos surdos dentre os quais pude contribuir com um artigo sobre a interpretação da Bíblia para a Libras. Esses artigos estão disponíveis gratuitamente no site da Feneis, vale a pena conferir: http://www.feneissp.org.br/downloadebook.php. Isso é só uma amostra do que temos avançado ultimamente.

TP - A nossa população é esclarecida para lidar com os surdos?
EF - Ainda há pessoas que ignoram a existência de surdos em nosso país ou possuem uma visão limitada de que são pessoas deficientes. É preciso entender que se identificar como surdo é pertencer a uma comunidade que partilha de uma língua e por sua vez de uma visão de mundo própria. As pessoas que realmente se aproximam dos surdos nos ambientes profissionais ou mesmo no contexto escolar inclusivo passam a desmistificar tudo aquilo que imaginavam ser a realidade do surdo, o que ajuda muito na disseminação de informações sobre a comunidade surda e a Libras em geral. O que temos que melhorar é justamente estar mais aberto ao diferente e pesquisar, ser mais esclarecido sobre o que é ser surdo, o que vai muito além da simples condição física.

TP – Ainda existe muito preconceito?
EF - Acredito que os preconceitos têm diminuído muito a medida que a comunidade surda tem se revelado mais e as pessoas tem tomado conhecimento da realidade dos surdos. Como o próprio nome diz, preconceito é ter um conceito prévio, antes de conhecer. Quanto mais as pessoas conhecem os surdos, o uso que fazem da Libras e que são pessoas sujeitas as mesmas questões que todos nós, conversam, estudam, trabalham, namoram etc. acredito que o preconceito vá diminuindo e os surdos são melhor vistos pelo que realmente são: Gente como a gente!

TP - Temos bons exemplos em outros países? Quais?
EF - Temos muitos exemplos em outros países! Gosto de pensar que o Brasil ainda está engatinhando, mesmo porque o país ainda é novo com pouco mais de 500 anos, mas se pensarmos nos Estados Unidos que é até um pouco mais novo, estamos muito longe dos avanços por eles alcançados, principalmente na educação. Os Estados Unidos possuem uma Universidade para Surdos (Gallaudet University), tem doutores surdos, Pós-doutores Surdos e dão valor à sua língua de sinais com estudos que dispõem de alta tecnologia. O Brasil busca fazer contato com esses exemplos no meio acadêmico, mas por outro lado ainda não se definiu com respeito a questões elementares como é o caso da educação inclusiva em contrapartida à educação bilíngue. Então como formaremos outros surdos para terem autonomia sobre os estudos sobre eles mesmos?
  
E para finalizar gostaria de trazer uma frase do O vôo da gaivota de Emmanuelle Laborit “Olho do mesmo modo como se pudesse ouvir. Meus olhos são meus ouvidos. Escrevo do mesmo modo que me exprimo por sinais. Minhas mãos são bilíngues. Ofereço-lhes minha diferença. Meu coração não é surdo a nada neste duplo mundo..."




  

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Parabéns Tradutor !!

Parabéns a você tradutor,

Que compreende tantos idiomas fazendo com que os povos do mundo se entendam cada dia melhor;

Que enxerga o novo como uma oportunidade a mais de conhecimento;

Que une as diversas culturas transformando o todo em único;


30/09 – Dia do Tradutor!



Imagem Emotioncard

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

PRÊMIO INTERNACIONAL RECONHECE INOVAÇÃO NO ENSINO DA LÍNGUA INGLESA

O ELTons, patrocinado pelo Cambridge English Language Assessment,  prêmio internacional que reconhece a inovação na área de ensino de língua inglesa há 10 anos, abre inscrições para a premiação de 2014, que acontece no mês de maio, em Londres.

O prêmio é dividido nas seguintes categorias:

- Excelência em inovação de cursos

- Inovação em recursos para alunos

- Inovação digital

- Inovação local

Outra possibilidade é o prêmio Macmillan Education Award for New Talent in Writing, que também está aberto para autores que ainda não publicaram seus livros. O vencedor irá ganhar 1.000 libras e a oportunidade de ter seu trabalho publicado. 

“Com esta premiação podemos mostrar a força e criatividade do ensino da língua inglesa no Brasil, podendo até mesmo estimular novas iniciativas”, avalia William Porto, diretor de Traduções e Qualidade da Porto Traduções.

O prazo para inscrições é 22 de novembro e os candidatos serão avaliados por um painel de especialistas da ELT e a lista dos classificados será divulgada em março. Os vencedores serão anunciados na cerimônia de premiação.

Informações e inscrições no site: http://englishagenda.britishcouncil.org/eltons 

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

QUAIS AS ÁREAS QUE MAIS EXIGEM A FLUÊNCIA EM INGLÊS?


Quem acredita que para ser um funcionário da área Financeira só precisa de um diploma e experiência, acaba de “cair do cavalo”. Isso porque, de acordo com um relatório elaborado pela Euromonitor International para o Conselho Britânico, esta é a área que mais exige fluência na língua inglesa. Mas, quem trabalha nas áreas de Petróleo e Gás, Serviços e TI também deve ficar atento.


O estudo demonstra que as exigências de empregadores com relação ao conhecimento de inglês dependem muito do cargo e do tipo de empresa, mas ficou evidente em entrevistas comerciais que o inglês foi considerado um requisito fundamental para funcionários administrativos médios e seniores na maioria das empresas privadas, enquanto as empresas estatais consideraram o mesmo menos importante para realizar negócios no país.

Já as multinacionais e grandes empresas nacionais, como era de se esperar, dão grande importância ao inglês e preferem contratar funcionários que tenham, pelo menos, conhecimentos intermediários do idioma.

Além disso, saber falar inglês não influencia apenas no momento da contratação. Os salários também sofrem reajustes conforme a desenvoltura do profissional em outro idioma. A pesquisa também demonstrou que um diretor que fala inglês, no mínimo, de forma intermediária chega a ganhar R$ 5 mil a mais que outro sem nenhum conhecimento do idioma. A diferença entre analistas podem chegar a R$ 1 mil.

Amanda Pimentel, gerente comercial da Porto Traduções, esclarece que essas exigências se tornam cada vez mais claras no mercado de trabalho. “Hoje em dia é nítida a necessidade de se falar inglês. É só acompanhar e-mails corporativos ou reuniões para perceber que aqueles que não entendem vão ficar para trás. E nas vésperas da Copa do Mundo e Olimpíadas o que não falta são incentivos para iniciar os estudos”, finaliza a gerente.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

APRENDER CHINÊS PODE SER EASY?


Mesmo sem ter a pretensão de ensinar de forma plena a língua chinesa aos não nativos, Shaolan Hsueh tem chamado atenção, literalmente, de todo o mundo. Nascida na China, mas atual moradora de Londres, a empresária sentiu a dificuldade do aprendizado deste idioma quando foi ensiná-lo aos filhos britânicos. E com esse desafio em mãos criou o método chineasy (Chine+Easy) que tem por objetivo associar os caracteres chineses a imagens divertidas, “derrubando a grande muralha da língua chinesa”, pontua Hsueh.


Por dois anos, a empresária modelou quase dois mil caracteres chineses e identificou os mais utilizados tornando-os parecidos com peças do brinquedo LEGO, pois ao unir os componentes criam-se frases e expressões. Shaolan ainda explica que apesar dos milhares de caracteres, nem todos são necessários para a compreensão da linguagem. E que com os 200 mais utilizados, uma pessoa é capaz de compreender cerca de 40% da literatura chinesa básica.



Além disso, o Chineasy também conseguiu ajudar crianças com dislexia e Shaolan tem recebido diversas mensagens de pais agradecendo a colaboração.  Segundo a empresária ainda há muito a se fazer, pois tal iniciativa não se aplica apenas a alfabetização infantil, mas foi pensado como uma forma de aproximar ocidente e oriente na troca de experiência em idiomas e culturas.  



Para William Porto, diretor de Traduções e Qualidade da Porto Traduções, iniciativas como a de Shoalan fazem o mundo se comunicar melhor, mesmo que de uma forma inicial, potencializando relações  políticas, econômicas e culturais. “A maioria de nós, ocidentais, tem certo receio dos diversos idiomas dos orientais, mas quando conseguimos, de forma lúdica e criativa, perceber que é somente uma adaptação do nosso entendimento, tudo fica mais leve e criamos o interesse em conhecer ainda mais”, afirma o diretor.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

JOEL SANTANA ‘ENSINA’ A PRONÚNCIA DE HEAD&SHOULDERS


O ditado já diz: “Quando não se pode vencer o inimigo, una-se a ele”. E essa foi a estratégia da marca de xampu Head&Shoulders que, com um nome de difícil entendimento para boa parte dos consumidores brasileiros, resolveu brincar com o inglês e na última quarta-feira (28/08), estreou na internet, o novo filme estrelado pelo técnico de futebol Joel Santana.

O segundo vídeo é a continuidade da campanha lançada no mês passado, intitulada Donti Révi Caspa, comercial que já ultrapassou 20 milhões de visualizações. Seguindo a linha bem-humorada e o lado folclórico de Joel com sua dificuldade na língua inglesa, o vídeo apresenta o técnico encarnando um rapper em Singing in the Chuveration. Vestindo um roupão de banho, o treinador canta em um cenário que mistura elementos de um show com os de um banheiro.

A música tema foi criada especialmente para este comercial, baseada no famoso inglês “aportuguesado” do técnico, que “ensina” de maneira descontraída a pronúncia do nome head&shoulders, de origem da língua inglesa.

“Quem viu o primeiro vídeo da campanha precisa assistir a segunda participação do Joel. Este novo filme é uma aposta da marca para seguir a linha bem-humorada adotada na nossa comunicação e para conscientizar os consumidores da pronúncia correta de Head&Shoulders”, comenta Leonardo Romero, diretor de marketing da marca no Brasil.

"No primeiro filme, o Joel foi às ruas para ensinar a falar 'head&shoulders'. Agora, ele vai cantar um rap pra que as pessoas nunca mais se esqueçam", explica Eco Moliterno, Head of Digital da Agência Africa, criadora da campanha.


Confira os vídeos das duas campanhas:







quarta-feira, 28 de agosto de 2013

QUAL É O MOMENTO CERTO PARA APRENDER UM SEGUNDO IDIOMA?


Dias atrás, a Rádio Band News FM divulgou em sua programação a iniciativa de uma escola particular na capital paulista que pretende implementar aulas de inglês para crianças entre 4 e 18 “MESES” – ênfase dada pela própria jornalista que apresenta o programa. O tema foi debatido, ao vivo, discutindo a questão da real necessidade de um segundo idioma X o simples desejo desenfreado de oferecer “tudo” aos filhos.

Para Cleusa Sakamoto, psicóloga clínica e doutora pela USP, soa estranho ensinar uma segunda língua para crianças nesta faixa de idade, pois ainda estão adquirindo o seu primeiro idioma e não é adequado já contextualizá-las em um segundo, pois precisam ser estimuladas na aquisição de sua língua pátria. “Na observação de crianças em ambientes bilíngues nota-se certa confusão, uma mistura dos dois idiomas. Por isso, recomenda-se o início do ensino de uma segunda língua na faixa etária pré-escolar, a partir de cinco ou seis anos, momento que é o auge da aquisição da linguagem”, esclarece a psicóloga.

Entretanto, Sakamoto pontua a diferença dos filhos cujos pais falam um idioma diferente e afirma que neste caso as crianças não são direcionadas a aprender uma segunda língua e sim recebem estímulos deste outro idioma, situação totalmente distinta. “Pais são os modelos da criança para tudo, modelos de adultos, de justiça, de cidadãos, são referência também na aquisição da linguagem. Pesquisas demonstram que a diversidade do vocabulário, o uso correto das regras, até mesmo vícios de linguagem são reproduzidos pelas crianças de acordo com o modo de comunicação dos genitores”, fala a doutora. 

Fugir de tais orientações pode trazer desequilíbrios para a vida dos pequenos. Prova disso, é a situação relatada pelo estudante universitário Vitor Deyrmandjian, que conta que sua prima de apenas três anos começou a utilizar o tablet do pai para brincar em um jogo do alfabeto. Mas, sem perceber, alterou a configuração do aparelho para a língua inglesa. A surpresa da família foi quando chamados à escola para uma reunião, perceberam que ela não estava conseguindo acompanhar a turma na pré-alfabetização, pois não entendia o porquê da turma dizer “A” e não “Êi”, entre outras sonoras.

Para se evitar este, e outros tipos de problemas, segundo a especialista, o mais importante é que até o segundo ano de vida a criança seja estimulada a constituir apenas uma noção do Eu. “As crianças começam a falar perto de 24 meses, depois que o processo de construção do ‘Eu’ tem um acabamento mínimo, não podemos forçar esse período”, finaliza Sakamoto.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

BIENAL DO LIVRO, NO RIO DE JANEIRO, INTEGRA CULTURA BRASLEIRA E ALEMÃ


Começa na próxima quinta-feira (29/08), a 16ª edição da Bienal do Livro no Rio de Janeiro, que neste ano homenageia a Alemanha com o lema “Quando ideias se encontram”.  De acordo com Marifé Boix García, vice-presidente da Feira do Livro de Frankfurt, a presença da Alemanha na Bienal do Livro do Rio faz parte da Temporada “Alemanha + Brasil 2013-2014” e tem como objetivo intensificar o intercâmbio entre os dois países e enriquecer este encontro por meio de atividades artísticas e literárias. 

Tal participação contará com palestras, mesas-redondas, filmes, oficinas para crianças, exposição, visitas guiadas, eventos para o mercado editorial, encontros profissionais, Café Literário, performances, oficina de quadrinhos, além da participação de 30 editoras alemãs. O jogador de futebol Michael Ballack confirmou presença ao lado do Embaixador Wilfried Grolig na abertura do estande. Ballack  atuava como meia e seu último clube foi o Bayer Leverkusen. Com a camisa 13, disputou 98 jogos pela seleção da Alemanha e o jogo de despedida foi em junho deste ano.

Um dos destaques da programação é a exposição multimídia "Alemanha de A a Z". Na mostra, as 26 letras esculpidas do alfabeto alemão, quatro delas em 3D,  oferecem aos visitantes uma perspectiva bem humorada da Alemanha - de A, de “Arbeit” (trabalho),  passando por F, de “Fussball” (futebol) a Z, de “Zukunft” (futuro). Nos corpos tridimensionais das letras estão embutidas vitrines, monitores e gavetas apresentando objetos  e informações sobre a história da Alemanha e sua cultura. As crianças poderão participar de um rally pela exposição interativa para que, de forma lúdica, possam explorar a cultura e a língua do país homenageado.
Estande da Alemanha na Bienal

Confira as entrevistas concedidas, com exclusividade para o Traduções em Pauta, por Claudio Struck,coordenador da Temporada "Alemanha + Brasil 2013-2014 e Marifé Boix García, vice-presidente da Feira do Livro de Frankfurt :
 
Traduções em Pauta: Qual a importância da Bienal do RJ homenagear a Alemanha na edição deste ano e da feira de Frankfurt homenagear o Brasil em outubro? 
                                 
Marifé Boix García: O Brasil tem mudado muito em todas as áreas nas últimas duas décadas, e assim resolvemos convidar o governo brasileiro para o projeto do convidado de honra nesta próxima Feira do Livro em Frankfurt. Desta maneira, podemos destacar a literatura brasileira, que não tinha tanta visibilidade até agora em outras áreas como a econômica, que sempre se encontra na imprensa internacional. A ajuda para as traduções da Fundação Biblioteca Nacional que foram consolidadas em quantidades respeitáveis, desde que ficou claro que o Brasil era convidado em Frankfurt, é um grande incentivo para a publicação de literatura brasileira pelas editoras internacionais. A Feira de Frankfurt é a feira de referência no mundo do livro, então também outras feiras ficam atentas aos focos que nós apresentamos. Percebemos que o Brasil foi convidado por várias outras feiras também. Para a Alemanha é uma honra participar da Bienal do Livro do Rio como convidado de honra. O convite foi feito por Sonia Jardim, presidente do SNEL e diretora da Bienal, depois de assinar o contrato do Brasil, convidado de honra em Frankfurt, quando ficamos sabendo que estaríamos celebrando o ano Alemanha-Brasil neste período. Como uma grande parte do público é infanto-juvenil, vamos focar esse tema na Bienal. Teremos encontros de editores na feira e vamos fazer visitas nas editoras brasileiras instaladas do Rio de Janeiro. Além da parte profissional, teremos uma boa apresentação da literatura atual na Alemanha.
 
Traduções em Pauta - Quais são os pontos mais parecidos e mais distintos da cultura alemã e brasileira? 
Claudio Struck - A cultura alemã tem muitos pontos de convergência, o Brasil, inclusive, é um país que recebeu muita influência alemã durante sua construção. A imigração alemã no Brasil começou há mais de 180 anos e foram fundamentais para o desenvolvimento de certas regiões do Brasil, principalmente no sul do país, onde algumas cidades mantém grande influência alemã até hoje, como Blumenau, Joinville e Nova Hamburgo, por exemplo. Além da imigração alemã, várias referências culturais são partilhadas pelos dois países. Como a arquitetura, o futebol, projetos de cooperação de pesquisa e ciência, além de todo o material universal que é importado da Alemanha por todo o mundo: música clássica, filosofia, ciência política, etc. Até mesmo nas festividades os países concordam, a Oktoberfest de Blumenau é a maior do mundo fora da Alemanha. Com a intenção de continuar o desenvolvimento e aprofundamento das relações entre os dois países, esse ano ocorre a Temporada Alemanha+Brasil 2013-2014.

Traduções em Pauta - Como foi lançado o projeto Alemanha + Brasil 2013-2014?   

Claudio Struck - A Temporada Alemanha + Brasil 2013-2014 é um projeto que vem reafirmar a cooperação entre os dois países - que já está bem estabelecida na economia. Hoje, a Alemanha é o quarto maior parceiro comercial Brasileiro no mundo. Por outro lado o Brasil é de longe o maior parceiro da Alemanha na América Latina. Esse entrosamento no campo econômico é também intenção dos dois Governos, que assinaram em 2001 uma parceria estratégica para desenvolvimento das relações bilaterais. Em 2011, já no Governo da Presidenta Dilma Rousseff o acordo foi renovado, dessa vez com novos termos, que ampliavam as perspectivas de cooperação para outras áreas além dos acordos comerciais, como cooperação científica e tecnológica. Portanto, a Temporada da Alemanha+Brasil, oficialmente inaugurada em maio deste ano, com a presença da Presidenta Dilma Rousseff e do Presidente Alemão Joachim Gauck, é um caminho natural para a ampliação das relações entre os dois países. O objetivo é que o Brasil e Alemanha aprofundem essa relação, que é histórica, e que até maio de 2014, por meio de inúmeros eventos nos centros urbanos do Brasil, irá mostrar ao povo brasileiro a Alemanha autêntica e uma abrangente imagem de sua economia, cultura, educação, esporte, ciência e tecnologia para o país.

Informações Gerais

XVI Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro

29 de Agosto a 08 de Setembro de 2013

Horário

Dia 29 de Agosto: 13h às 22h
Dias de semana: 9h às 22h
Fins de semana: 10h às 22h

Local do Evento

Riocentro
Av. Salvador Allende, 6555 – Barra da Tijuca
22780-160 – Rio de Janeiro – RJ
 
Valor do Ingresso
Inteira
R$ 14,00
Meia-Entrada
R$ 7,00